18 junho 2009

Ele se sustenta pedindo Beijo na Avenida Paulista

Daniela Toviansky
Rogério Gonçalvez Cunha
Homem-placa
32 anos, 17 de profissão
 
Minha infância foi difícil. Aos 7 anos, tive problemas de saúde e precisei fazer algumas cirurgias. Mas ia para a escola mesmo assim e brincava com todo mundo. Minha mãe ficava brava porque achava que o pessoal zombava muito de mim. É que eu sempre fui muito brincalhão, gostava de alegrar as pessoas, e elas se aproveitavam disso. Mas eu não ligava, não.

Comecei a trabalhar com o público aos 15 anos, onde moro, no Campo Limpo. Eu entregava folhetos, fazia propaganda com cartazes e placas. Meu primeiro ponto próximo ao Centro foi na Avenida Rebouças, e desde 2000 estou na Avenida Paulista. Deus colocou uma pessoa na minha vida – até hoje não sei quem é –, que indicou meu nome para vir para cá, o lugar mais privilegiado de São Paulo. Trabalho com a placa para uma loja de tinta de impressora, com carteira assinada e tudo.

Pego no batente às 8h. É tranquilo. Coloco a placa no ombro e distribuo os folhetos da loja, sempre neste mesmo ponto. Tem gente que só fica sentada com a placa, mas eu, não. Vou pra lá e pra cá até umas 18h, só paro mesmo para comer. Quanto eu ganho? Ah, com o salário dá para viver.

A história da placa pedindo beijo surgiu do meu gosto pelo que faço. Fico de segunda a sexta com a placa da loja aqui e nos fins de semana venho com esse cartaz. Acho legal passar uma mensagem para melhorar a vida das pessoas e também alegrar o dia delas. E rende, viu? Tem moça que vem dar abraço, até selinho já ganhei. Quem vê pensa que sou louco. Não é loucura, não. Eu me divirto. 
E uma Boua dica para vc q nao consegue beijar nehuma mosca morta 

iTzMiiiZaDo daqui

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iTzMiiiza ae

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