Arte com sucata Tecnológica

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Segundo o Greenpeace o mundo despeja todo ano 50 milhões de toneladas de sucata eletrônica. Para piorar a situação, a produção de equipamentos eletrônicos ocorre de modo exponencial. A obsolescência gerada é cada vez mais rápida e isso tem trazido o acúmulo de lixo tecnológico, cujos principais vilões são o mercúrio, cádmio, chumbo, plástico e o vidro. O que não ocorre na mesma velocidade quanto às medidas de destinação correta do material ultrapassado. Logo, vêm grandes problemas de contexto ambiental devido, entre outros, aos riscos de contaminação do solo e das águas que se acumulam nos lençóis freáticos. Aproveitando a oportunidade, artistas ao redor do mundo vem utilizando esse material que iria poluir nosso meio ambiente fazendo arte. Confiram algumas imagens de arte utilizando sucata digital.

Para evitar tais problemas podem-se tomar algumas medidas tanto preventivas quanto reativas.  Nas preventivas entram, por exemplo, aspectos de responsabilidade ambiental das empresas. As empresas vêem a solução dentro delas para o lixo produzido. Entre suas medidas pode haver a reciclagem de suas sobras e do material descartado pelo controle de qualidade. Como é o caso de Manaus, cuja produção de lixo industrial eletroeletrônico é a maior no país e todo o lixo gerado pelo controle de qualidade das fábricas é totalmente reciclado. Além disso, pode-se reduzir a descontinuação total de produtos criando-se equipamentos com maior vida útil ou que possam ser atualizados ao invés de serem substituídos e jogados no lixo. Tal meta, por exemplo, tem sido utilizada em um projeto da ONU chamado StEP (Solving the E-waste Problem).
Nas medidas reativas um produto que está sendo destinado ao lixo pode ter vários destinos para que não se gere um acúmulo danoso de material ao meio ambiente:
a)    Pode-se entregá-lo ao fabricante de origem, caso haja programa específico de coleta.
b)    Doar o equipamento para uma instituição de caridade ou empresas de reciclagem. Entre as empresas de reciclagem há a CRC do Gama, E-Lixo, CDI, além de muitas outras opções.
c)    Revender a custos convenientes e com isso gerar renda.

Dentro dos casos de reaproveitamento de material há os grupos de voluntários em hardware que montam computadores para serem utilizados em aulas de informática de projetos de inclusão digital. Como é o exemplo da instituição Metareciclagem.

No Brasil, há pouquíssima política para o setor. A legislação nacional não prevê qualquer forma de tratamento para resíduos sólidos. Logo, recai-se o peso das iniciativas de controle de lixo tecnológico em grupos voluntários, instituições e pessoas. Mas, vale dizer que o problema é global e se fazem necessárias, cada vez mais urgentemente, medidas que venham a combater esse tipo de produção massiva e corrosiva ao nosso planeta.